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[Resenha] O Visconde que me amava, Julia Quinn

O Visconde que me amava, Julia Quinn
Vamos conhecer mais um dos irmãos Bridgertons ? A família mais encantadora dos livros de romance de época. Após Daphne, agora é a vez de conheceremos melhor Anthony Bridgerton, o filho mais velho e herdeiro do titulo de Visconde.
Livro - O Visconde que me amava, Julia Quinn
Titulo: O Visconde que me amava - The Viscount who loved me
#OsBridgertons-2 - Autora: Julia Quinn  - Editora: Arqueiro
ISBN: 978-85-8041-146-1 - Ano: 2013 - Páginas: 288
Gênero: Romance de época - Classificação:
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A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.
Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.
Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

Este é o segundo livro da serie Os Bridgertons, e caso ainda não tenha lido o primeiro, já falei sobre ele aqui no blog - Resenha O Duque e Eu.

Anthony Bridgerton após anos de libertinagem, decide que chegou a hora de se casar. Considerado o melhor partido disponível no momento, Visconde logo escolhe para cortejar a moça mais bonita da temporada, Edwina Sheffield. Ja considerando certo o seu casamento com a moça, mesmo antes de conhece-la - pois ele buscava uma moça bonita e nos padrões da sociedade, mas não pretendia e não queria ama-lá. 
Desde da morte do pai, Edmund, quando Anthony tinha apenas dezoito anos, ele carrega consigo a certeza de que não viveria mais que o pai, que era um homem forte e saudável, mas que veio a falecer aos 38 anos, após ser picado por uma abelha. Edmund vivia um casamento muito amoroso com Violet, e era o centro do universo, pai carinhoso e o exemplo de pessoa para ele, e Anthony não se imaginava superando o pai em nenhuma forma. Devido este pensamento, não queria se apaixonar, para não deixar uma pessoa sofrendo por ele tão cedo, queria casar logo e exercer sua responsabilidade dinástica de ser fértil e multiplicar-se.  
(..)Primeiro, a mulher deveria ser razoavelmente atraente. Não precisava ser um beldade - embora isso fosse aceitável - , mas, se ele teria que se deitar com ela, imaginava que sentir certa atração sem duvida tornaria a tarefa mais agradável. Em segundo lugar, não podia ser burra. Essa refletiu Anthony, talvez fosse a mais difícil das exigências. Não estava muito impressionado com as proezas mentais das debutantes de Londres. (..) Ele conseguiria evitar conversar com uma esposa que não fosse muito inteligente, mas não queria filhos estúpidos. Em Terceiro lugar, e isso era o mais importante, ela não podia ser alguém por quem ele se apaixonasse de verdade. Em nenhuma circunstância essa regra deveria ser infringida. - Pág. 24
Mas, Anthony não sabia, que a moça tinha uma irmã mais velha, Kate Sheffield, por quem Edwina considerava muito a opinião, e que jamais aceitaria sua irmã com um patife, libertino - para ela não existia ex-libertino. Vemos Colin sendo Colin e  convenceu o irmão, Anthony de que não seria difícil conquistar Kate, quando na verdade ele sabia que seria uma missão dificílima.  Logo que se conheceram rolou uma certa atração e troca de"farpas", com ela dizendo que nunca deixaria a irmã se casar com ele e ele a provocando dizendo que aceitaria o desafio. 
Kate é daquelas mocinhas encantadoras, que conquistam facilmente o leitor. Ela com seus 21 anos e Edwina com 17, irão debutar na mesma temporada.  Quando o pai morreu, a família ficou numa situação delicada e sua madrasta economizou cinco anos para que as meninas pudessem debutar e teria que ser numa época em que Kate não fosse muito velha e Edwina não fosse muito nova. Havia muita pressão para que uma delas arrumasse um bom casamento, e assim ajudar a família, mas todas as apostas estavam em Edwina, que era linda e a mais cobiçada de Londres, deixando Kate sempre em segundo plano, e totalmente ignorada por todos rapazes.  Kate se julga desajeitada e sem beleza suficiente, sem atrativos, sem os trejeitos delicados para a sociedade da época, é considerada uma solteirona aos 20 anos (em aos meus 24 anos e solteira, não quero nem pensar o que seria pra época hahaha).
Ela não se importava. A beleza da irmã era simplesmente um fato da vida. Havia algumas verdades que Kate decidira aceitar fazia muito tempo. Nunca aprenderia a dançar uma valsa sem tentar conduzir o parceiro; sempre teria medo de tempestades de raios, por mais que dissesse a si mesma que estava sendo ridicula; e ,  não importava o que vestisse, quando arrumasse o cabelo ou beliscasse as bochechas, nunca seria tão bela quanto Edwina. - Pág. 20
As farpas e provocações entre Kate e Anthohy são o ponto forte da narrativa - uma verdadeira briga de cão e gato ...  e a cada dia, ambos percebem que possuem algum sentimento pelo outro, mas também tem a certeza de que devem esconde-lo, pois não seria a coisa correta. Kate por saber que ele além de ser um libertino, esta cortejando sua linda irmã, de forma que nunca se interessaria por ela. E ele por não desejar ter sentimentos reais pela futura esposa, temia o que já sentia por ela.  E conforme o vai conhecendo melhor, Kate vai achando mais difícil achar defeitos nele, e os que ela encontra aos poucos vão se transformando em qualidades.
O amor não tem nada a ver com o medo de que tudo acabe, mas com encontrar alguém que o complete, que faça de você um ser humano melhor do que jamais sonhou ser
Mas o destino é algo incrível, não é verdade ?! E uma abelha - o ser mais temível de Anthony, de certa forma cela o destino dos dois.
Ele a queria. Era excitante. Ele podia ser um homem e, portanto, encontrar satisfação com qualquer mulher, mas, naquele instante, a queria. Kate tinha certeza disso. E isso a fez sentir-se a mulher mais bela na face da Terra. - Pág. 219

O Visconde que me amava, Julia Quinn

Era engraçado, refletiu mais tarde, como a vida de alguém podia mudar num único instante, como tudo podia ser de um jeito num minuto e, no seguinte, simplesmente se transformar em algo…diferente.
Como ja disse acima, Os Bridgertons são a família mais linda, que além de numerosos e muito ricos, são ótimos juntos. Mas diferente dos habituais modelos encontrados na cidade, eles eram pessoas que não temiam demonstrar o amor que sentiam uns pelos outros. A matriarca Violet, é um dos meus personagens preferidos (Junto a Colin - o mais engraçado de todos, Daphne- a irmã de melhor personalidade e Simon - o Duque e meu Crush), sendo também muito estimada na sociedade Londrina. Uma das partes mais divertidas do livro é quando começam a jogar Pall Mall e percebemos que além de unidos são bastante competitivos, com Colin, Anthony, Daphne, juntamente com Kate e Edwina, que foram convidadas a participar. A participação da família nos livros é o que mais me encanta na serie, como a participação de Daphne e Simon, que continuam sendo meu casal de época mais encantadores.
Outra coisa legal, é que Kate é uma das mulheres mais inteligentes que Anthony já conheceu - além de respondona. Eles possuem até o mesmo gosto pela leitura e repulsa a filosofia. O final do livro é lindo, adorei o epílogo, porque mostrou ao leitor como os medos de Anthony eram infundados. Como sempre Julia Quinn, consegue desenvolver uma fantástica história!
As Crônicas da sociedade de Lady Whistledown ainda são um sucesso, quase uma Gossip Girl - eu ja amo essa mulher, mesmo sem conhecer sua identidade, e desde O Duque e Eu, estou morta de curiosidade e fazendo muitas especulações sobre quem é ela.
Arvore Genealogica da Familia Os Bridgertons
Narrado em terceira pessoa, este é o segundo livro que tenho oportunidade de ler da Julia Quinn, e é o segundo da serie "Os Bridgertons", lançado pela Editora Arqueiro. A serie é composta ao todo por oito livros e em cada um é contada a historia de um dos irmão Bridgertons, nomeados por ordem alfabética e de nascença: Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth.
- Próxima leitura - Um Perfeito Cavalheiro,  para conhecer sobre Benedict Bridgerton.

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