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[Resenha] Orgulho e preconceito, Jane Austen

[Resenha] Orgulho e preconceito, Jane Austen


Nesta edição maravilhosa, temos três obras de Jane Austen: Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Persuasão. É sem duvidas - nenhuma - o livro mais lindo que tenho em minha estante.

Titulo: Orgulho e Preconceito - Pride and Prejudice - Autora: Jane Austen
Editora: Martin Claret - Edição 2015 - ISBN: 978-85-440-0084-7 - Ano: 1813- Páginas: 234
Gênero: Romance de época - Classificação:
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Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.
Orgulho e Preconceito me ganhou, sendo um dos meus livros preferidos. Também não pudera ser diferente, sendo poucas as pessoas que não se encantaram com este clássico. O romance mais famoso de Jane Austen, onde Darcy e Elizabeth são os protagonistas, se passa em um sociedade movida por títulos, bailes e fofocas. O livro é incrível, com personagens encantadores, com a descrição descritiva da sociedade da época. Como em quase todo clássico, o texto é denso, e requer envolvimento do leitor com o livro, mas é uma leitura bem prazerosa, que vale muito a pena.
"É verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico precisa de esposa." - Pág. 237
E assim começa o livro ... 
Orgulho e preconceito, Jane Austen

Conheceremos Elizabety Bennet, ou Lizzy, que vive em Longbourn, Inglaterra durante o século XIX. É filha dos Bennets, que possuem cinco filhas: as duas mais velhas - Jane e Elizabety - são as mais sensatas e racionais. A relação das duas é muito bonita. São confidentes e confiam muito uma na outra. Jane gosta facilmente de todos, já Lizzy é observadora e realista quanto a todos assuntos ao seu redor.
- Ah! Você sabe que tem muita propensão a gostar das pessoas em geral. Nunca vê defeito em ninguém. Todos são bons e simpáticos aos seus olhos. Nunca vi você falar mal de um ser humano em toda a minha vida. - Pág. 244 
Mary, a filha do meio, afastada de qualquer assunto ao seu redor, exceto musica e livros, e as mais novas - Catherine ou Kitty e Lydia - que só pensavam em frivolidades, danças e normalmente em soldados.
A vida de uma mãe de moças daquela época, consistia em um "duro trabalho" em arrumar bons casamentos para as filhas, e para Mrs. Bennett o problema era ainda maior, considerando que possuía cinco moças, e que por não ter um herdeiro masculino, a propriedade seria herdada - após o marido vir a falecer - por um primo distante. Mr. Bennett, é o mais centrado da família e imune aos assuntos frívolos da esposa. Uma família aristocrata comum, sem grandes luxos ou as regalias, mas amorosos entre si. Ja nas primeiras passagens do livro, já me encantei por Mr. Bennet - sendo um dos meus personagens preferidos - por ser inteligente e dono de um sarcasmo notável, que adora contrariar e provocar a esposa, nos proporcionando cenas engraçadas. 
(...) Você adora aborrecer-me. Não tem pena dos meus pobres nervos?
- Engano seu, querida. Tenho muito respeito por seus nervos. São meus velhos amigos. Ouvi você menciona-los com muita consideração nos últimos vinte nos, pelo menos. - Pág. 238
Com a chegada de um rapaz jovem e rico a propriedade de Netherfield, agita a sociedade local. Mrs. Bennet quer que o marido o visite, ja sonhando com um casamento vantajoso a uma das filhas, mas ele nega o pedido, deixando a mulher a beira da desespero. Mas acaba visitando e assim uma relação entre as famílias tem início. O novo morador é Mr. Bingley, que chega juntamente com duas irmãs, um cunhado, e seu melhor amigo, Sr. Darcy, que é ainda mais rico do que ele. Um baile é dado no intuito de estreitar os laços, onde Bingley é muito bem recebido pela comunidade, por ser muito agradável com todos, se encantando e dançando muitas vezes com Jane. Ao contrario de Darcy, que além de se recusar a dançar com as moças - achando as indignas do seu status social - assumi uma postura arrogante e superior aos demais presentes. 
Logo após o baile, Jane confidencia a irmã sua admiração pelo Sr. Bingley e não demora para que haja um interesse mútuo entre Jane e Bingley, e graças a isso, desencadeai uma série de situações que levam ao nascimento do sentimento entre Elizabeth e Mr. Darcy. Mas o orgulho e o preconceito de Darcy, interferira em ambos relacionamentos.
“A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras são muitas vezes utilizados como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. Orgulho se relaciona mais a nossa opinião de nós mesmos, a vaidade, o que teríamos que os outros pensam de nós.”

Orgulho e preconceito, Jane Austen
Jane Austen conseguiu facilmente, através de uma leitura envolvente, com que eu conseguisse, perfeitamente me imaginar no início do século XIX passeando pelos bosques, vivenciando os bailes (um sonho meu) e os costumes da época. Orgulho e Preconceito é uma crítica velada à sociedade da época, movida a preconceito e padrões, com personagens que nos fazem questionar ainda a nossa forma de ver as coisas nos dias de hoje e o papel da mulher nessa sociedade. Todos os personagens são bem construídos, especialmente os dois protagonistas: Lizzi: com sua personalidade forte e inteligência; Darcy que a inicio nos mostra ser um ser preconceituoso,  exemplo do comportamento da época: orgulho sustentado pela riqueza e diferença social posta acima dos valores. Mas aos poucos nos encanta ao demonstrar seus sentimentos e seu coração. 
“São muitos os meus defeitos, mas nenhum de compreensão, espero. Quanto a meu temperamento, não respondo por ele. É, segundo creio, um pouco ríspido demais… para a conveniência das pessoas. Não esqueço com facilidade tanto os disparates e vícios dos outros como as ofensas praticadas contra mim. Meus sentimentos não se manifestam por qualquer coisa. Meu temperamento poderia talvez ser classificado de vingativo. Minha opinião, uma vez perdida, fica perdida para sempre.”
Capas dos livros de Orgulho e Preconceito, Jane Austen


Gosto tanto do livros - e dessas capas - que com certeza vou comprar (sou encantada na 1°,4°,5° e 6° capa). Quero

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*** Este post faz parte do #DesafioLiterário2016 #DELGOB2016 - Janeiro :  Livro para ler antes de morrer

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